sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Vivo com a morte


Assassino, é como me chamariam se soubessem o que faço.
Ah, como queria contar-lhes tudo.
Adoro ver seus semblantes manisfestando um horror assombroso, como se apenas eu fosse o assassino aqui.

Se alguém bater à minha porta eu mato!
O sangue percorrendo o contorno da faca até cair no chão, meu reflexo avermelhado naquele prata reluzente e principalmente o cheiro do líquido vermelho que está jorrando da garganta desse ser desconhecido. Como dizem, o prazer está nas nas pequenas coisas da vida.
Ou, simplesmente, na morte.
Esconder o corpo? Primeiro o observarei até me fatigar.
Sou um faxineiro. Sim, é como eu gostaria de ser chamado.
Limpo esse mundo do lixo que é o ser humano.
Todos eles são assassinos, matam pessoas sem perceber. Eu apenas assumo o que faço e saboreio cada momento com um prazer inegável.
Que nojo! Por que não sou como eles?
Acho que me suicidaria.
Talvez, um dia eu translade. Mas odiaria se isso acontecesse.





-Suelane Santos

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Lembranças


Ando por aqui apenas para lembrar de ti
Sentada em meio a rochas espero a maré subir para ser tragada pelo mar.
A cada onda que se quebra sinto seu cheiro
Sou arrebatada a uma lembrança
Nosso primeiro beijo.
Hoje não tem estrelas,
Céu mais negro que este eu nunca testemunhei.
Meu coração pula ao recordar o seu olhar
O brilho que encontro no mar pode ser comparado ao que vejo em seus olhos
Quando o verei brilhar novamente?
Saudades do seu abraço.
A maré subiu, logo serei levada.
Ao cair penso em você
E com sorte acordarei em seus braços novamente.